Identificação Criminal

A identificação criminal é feita através de um  Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais batizado de “Afis Criminal”. O recurso tecnológico, montado em convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), permitiu a criação de um banco de dados com capacidade de cerca de dois milhões de registros de suspeitos e criminosos julgados.

O AFIS Criminal funciona em regime de plantão de 24 horas, na Central de Polícia, que fica localizada na Praia do Sobral. O serviço é realizado por quatro policiais civis treinados que se revezão diariamente na execução do trabalho. O serviço foi criado por meio de portaria da Direção Geral da Polícia Civil em parceria com a Direção do Instituto de Idetnificação.

Segundo o texto da portaria estadual serão submetidas, obrigatoriamente, à Identificação Criminal, as pessoas autuadas em flagrante delito (APF, TCO, BOC e Auto de Apreensão de Menor Infrator) que não possuírem documento de identificação civil – carteira de identidade ou documento similar -, no momento da lavratura do procedimento policial.

São igualmente alcançadas pela medida, as hipóteses previstas na Lei Nº 10.054/200 – que trata da Identificação Criminal –, e de Nº 9.034/95 – que define e regula meios de prova e procedimentos investigatórios que versem sobre ilícitos decorrentes de ações praticadas por quadrilha ou bando ou organizações ou associações criminosas de qualquer tipo; ou ainda em cumprimento a Mandado de Prisão, nos termos da Lei.
 
Aqueles civilmente identificados não serão submetidos à identificação criminal.

Os Exames de Identificação só serão atendidos através de requisição da Autoridade Policial ou Judicial, e as requisições das unidades policiais somente serão admitidas por meio eletrônico, a ser disponibilizado.

As autoridades policiais da Capital, da Região Metropolitana e plantonistas que efetuarem a lavratura de procedimentos policiais em desacordo com a portaria serão submetidas a sanções previstas em Lei.

A condução do identificado será de atribuição da Polícia Civil de Alagoas, através de suas unidades policiais, distritais, especializadas e plantonistas, sendo vedada a condução por terceiros estranhos ao quadro funcional da instituição.

Lei Federal também  definiu novas regras para identificação criminal

A Lei 12.037, publicada no Diário Oficial da União em uma quarta-feira, dia 02 de outubro de 2009, alterou as normas para a identificação criminal e estabeleceu novos procedimentos para proteger o cidadão. O objetivo é aprimorar a organização do sistema de identificação para fins de investigação policial e judicial, segundo a Agência Brasil .

Uma das novidades é a obrigatoriedade da identificação criminal nos casos de nomes que constem de registros policiais. A identificação será obrigatória também nos casos em que o estado de conservação e a distância temporal ou da localidade de expedição do documento impossibilitarem a completa identificação de caracteres essenciais.

Quando não houver denúncia ou nos casos de rejeição ou absolvição, o réu ou indiciado poderá requerer a retirada de identificação fotográfica do processo. A lei também prevê que a identificação criminal inclua processo datiloscópico e fotográfico, a serem anexados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, do inquérito policial ou de outra forma de investigação.

Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado. O trabalho incluirá datiloscopia e fotografia, que serão anexados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação. Será proibido mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, ou seja, quando não couber mais recurso.

 

Leia a íntegra da lei

LEI Nº 12.037, DE 1º DE OUTUBRO DE 2009. Constituição Federal, art. , inciso LVIII

Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado, regulamentando o art. , inciso LVIII, da Constituição Federal.

O VICE -PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta Lei.

Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

I -carteira de identidade;

II -carteira de trabalho;

III -carteira profissional;

IV -passaporte;

V -carteira de identificação funcional;

VI -outro documento público que permita a identificação do indiciado.

Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

I -o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;

II -o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; III -o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; IV -a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;

V -constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

VI -o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.

Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.

Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação.

Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º Revoga-se a Lei nº 10.054, de 7 de dezembro de 2000.

Brasília, 1 de outubro de 2009; 188º da Independência e 121º da República.

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA

Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto

Este texto não substitui o publicado no DOU de 2.10.2009

 

Texto extraído da Agência Brasil, PC Alagoas e Perícia Oficial

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